Vagas de trabalho: Mercado da construção civil está aquecido e com falta de profissionais qualificados

27 jul Vagas de trabalho: Mercado da construção civil está aquecido e com falta de profissionais qualificados

Numa das regiões que mais crescem no Brasil neste setor, Sorocaba traz alternativas e parcerias em busca de reduzir esse problema

A construção civil cresce exponencialmente em todo o país, inclusive na região de Sorocaba. Somente no mercado imobiliário, o município faz parte do ranking das melhores cidades para se fazer negócio neste setor do país, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Ainda segundo a Câmara, a construção representa 50% do investimento da economia brasileira. “Isso significa que o Brasil não cresce de forma sustentável sem um desempenho positivo da construção civil”, destaca a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.

Um dos principais reflexos desse crescimento é o aumento da oferta de empregos. O setor gerou mais de 430 mil vagas de trabalho com carteira assinada nos últimos dois anos, aponta a CBIC. Porém, não é fácil encontrar profissionais qualificados. De acordo com um estudo da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT), 94,6% das empresas que participaram apontam falta de mão de obra terceirizada qualificada, além da dificuldade de encontrar profissionais para contratação. A CPRT coordena e desenvolve as ações no campo da política de relações do trabalho no setor da construção civil.

Iniciativas para transformar o mercado

Parte do problema enfrentado pelo mercado, com relação à mão de obra qualificada, se deve à queda do número de alunos que ingressam e concluem cursos nas universidades. É o que observa a Associação dos Arquitetos e Engenheiros de Sorocaba (AEAS), apontando ainda que as salas de aulas de engenharia, curso-chave para os profissionais da construção civil, estão cada vez mais vazias, com poucos alunos interessados.

De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, do Instituto Semesp, 55,5% dos jovens que entraram na faculdade, em 2017, não concluíram o curso em 2021. Deste total, 59% eram de universidades privadas e 40,33% de universidades públicas. “A construção civil vem se desenvolvendo e o mercado enfrenta uma escassez de mão de obra capacitada, que esteja preparada para atender às novas exigências”, ressalta Almir Buganza, perito judicial associado à AEAS e inspetor-chefe do CREA Sorocaba.

O inspetor avalia que são vários fatores que levam a estes números. “Primeiro, tem a questão do jovem buscar retorno imediato com relação ao sucesso profissional e priorizar alternativas mais rápidas para atingir isso. Segundo, é a complexidade do curso, que leva muitos a desistirem”, afirma.

Além disso, alguns profissionais saem das universidades e não se atualizam. E em busca de incentivar e estimular o público universitário, além de profissionalizar e atualizar os formados que já atuam no mercado, a AEAS – com o apoio do CREA-SP e da Mutua – oferece formações gratuitas e um ambiente de network e relacionamento para o setor da construção civil.

Segundo Buganza, dentro de uma construção existem diversos setores interligados que necessitam de profissionais preparados. “Cada ponto da obra precisa ter um profissional habilitado e responsável pelos trabalhos desenvolvidos. São áreas distintas que se interligam, abrindo espaço para os profissionais que estão atentos ao mercado e buscam se profissionalizar”, finaliza.

Além dos cursos, a AEAS possui um banco de cadastro de vagas e currículos no site da entidade, onde os interessados podem se cadastrar gratuitamente e terem acesso às vagas e aos profissionais. Mais informações acesse: o portal AEAS.

Fonte:
Semesp
Cbic
CBIC
Foto: LINK AQUI
Crédito: Divulgação

Deixe seu comentário