Envelhecimento populacional estimula procura por imóveis com acessibilidade

Envelhecimento populacional estimula procura por imóveis com acessibilidade

24 jul Envelhecimento populacional estimula procura por imóveis com acessibilidade

Quase 16% da população brasileira é idosa e percentual deve aumentar até 2030; engenheiro explica quais pontos devem ser levados em consideração para adaptar ambientes

A população brasileira está envelhecendo e o mercado imobiliário começa a voltar os olhos para este perfil de consumidor, que precisa de produtos e serviços específicos para as necessidades dessa etapa da vida.

Hoje, no Brasil, as pessoas com 60 anos ou mais correspondem a 15,6% da população. Até 2023, esse percentual deve ser maior do que o total de crianças entre zero e 14 anos, segundo estimativa do Ministério da Saúde.

Acessibilidade é a palavra-chave quando se pensa em terceira idade e o mercado imobiliário já percebe um movimento crescente de consumidores em busca de casas e apartamentos pensados em atender essas necessidades.

Alessandro Souto, proprietário de uma imobiliária, já observa essa tendência. São filhos e familiares que observam o envelhecimento dos pais e buscam unidades pensadas para atender as necessidades dos idosos. “De cada dez contatos que recebemos, sete são filhos que estão buscando imóveis com acessibilidade para os pais”, diz.

O empresário conta que as casas térreas são as mais procuradas por quem deseja um imóvel acessível. “Para as pessoas mais idosas, escadas são obstáculos. Então, a procura maior é por casas térreas. Barras e portas mais largas são diferenciais que também chamam atenção desses clientes, pois permitem a passagem de uma cadeira de rodas, por exemplo”.

Reformas e adaptações

Quando falamos em acessibilidade dentro de casa, adaptações também podem ser feitas para atender às necessidades de pessoas idosas ou com mobilidade reduzida.

José Antonio de Milito, engenheiro civil e membro da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (AEAS), afirma que a procura por reformas residenciais que atendam esse perfil de público também vem crescendo. “As pessoas já estão se preocupando com essas questões de acessibilidade pensando na velhice ou em uma situação de terem a mobilidade reduzida temporariamente”, afirma o engenheiro.

Para quem está pensando em adaptações para tornar ambientes mais acessíveis, Milito orienta, por exemplo, que os vãos das portas devem ter 80 centímetros ou mais para facilitar a passagem. Além disso, “evitar degraus ou pequenos desníveis; ter, pelo menos, um banheiro mais amplo; com barras de apoio instaladas em locais escorregadios, como no box; além de escolher pisos antiderrapantes são outros pontos-chave de uma boa reforma”, detalha o engenheiro.

Ainda de acordo com Milito, a instalação de maçanetas do tipo “alavanca”, torneiras monocomando e rampas com corrimão também são soluções que facilitam a rotina de idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

O engenheiro lembra que assistentes virtuais também podem ser ferramentas de acessibilidade, por conta de comandos de voz que são usados para trancar portas, por exemplo. “Existem recursos visuais e sonoros que, hoje, facilitam a movimentação e a circulação com segurança nas residências”, completa o engenheiro civil.

Milito reforça a importância de sempre procurar um profissional para orientar reformas e adaptações. “Isso garante a execução correta e o cumprimento das normas e boas práticas”, finaliza.

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Crédito: Divulgação

Fontes:

Agência de Notícias IBGE: LINK AQUI

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Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

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